impacto no orçamento

Após corte de R$ 46 milhões, UFSM tem como 'se manter em dia' só até setembro

Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)
Reitoria não tem como precisar como se darão os serviços de manutenção dentro do campus e demais campi a partir de setembro na instituição

A Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) convive com uma certeza: a da incerteza de como será o 2019. Ainda na última quinta-feira, a reitoria recebeu o comunicado e que caiu como uma bomba dentro da reitoria: o corte de R$ 46 milhões para demandas como custeio (pagamento de água e luz, por exemplo) e capital (obras e investimentos). A universidade trabalhava, até então, com a projeção de receber até o fim do ano a cifra de R$ 142,9 milhões, valor que consta na Lei Orçamentária Anual (LOA). Mas com esse corte de 32% restam, até o momento, R$ 96,9 milhões para tudo e, claro, o valor é insuficiente para chegar até o fim do ano.

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Desde 2014 que a UFSM convive com o fantasma do contingenciamento. Ainda no começo do ano, a universidade teve o bloqueio de R$ 7 milhões para investimentos (valor que integra o total de R$ 8,4 milhões para a área).

Atualmente, a instituição tem cerca de 20 obras em andamento, sendo que aquelas que estão em fase de conclusão deverão ser prejudicadas já neste semestre. Além disso, novas obras não deverão sair do papel. O reitor Paulo Burmann cita que muitas dessas obras, que têm mais de 80% dos serviços executados e que poderiam ser entregues, devem, agora, ficar "no limbo da insegurança". 

- Nada é fácil, tudo é extremamente delicado e angustiante. Estamos frente a um cenário que, ao que tudo indica, parece ser irreversível. Esperamos, mesmo, que o governo reveja essa decisão. Até porque, do contrário, não sabemos como as coisas ficarão a partir de setembro. É uma situação dramática.  

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Ainda, de 2014 a 2016, a UFSM deixou de receber da União quase R$ 240 milhões para custeio e investimento. Porém, agora, os acenos do governo federal parecem dar indicativos de que dias piores virão, lamenta o reitor.

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